As Surpresas no caminho da vida [Maiko]

As Surpresas no caminho da vida
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Capítulo 1

A algum tempo Zuko vem percebendo isso: Mai não estava mais preocupada com o seu peso. Ela acordava de madrugada, deixando o rei na cama, e ia assaltar a cozinha. Pegava pão, maionese, flocos de fogo, leite de cabra, queijo, ou qualquer outra coisa que podia ser consumido.

O senhor do fogo também começou a perceber que durante o almoço, a ex-esbelta (e agora um pouquinho mais pesada e com um pouquinho mais de quilo) Mai repetia duas vezes o prato de seu almoço. Tudo bem que ela sempre comeu pouco, e mais parecia comida de passarinho, porem agora ele colocava para dentro de seu corpo o dobro!

Por caso disso, o nosso senhor do fogo começou a ter idéias...

Numa dessas tardes de verão, ele estava no seu gabinete, sentado na cadeira de madeira, debruçado sobre pilhas e mais pilhas de leis escritas em papéis, prontos para serem assinados, quando começou a sentir sua barriga a roncar. A imagem de um pudim suculento surgiu em sua mente, provocando a salivação imediata do jovem.

Ele chamou a esposa a gritos. A esposa surgiu naquela sala de trabalho, no seu vestido apertado devido a sua engordada. Zuko, pediu educadamente:
-Bem, pode pegar para mim um pudim bem gostoso?

Ela então respondeu, caminhando na direção da cozinha e salivando como faminta:
- Mas é claro. Vai ser um prazer fazer um pudim. Pudim é uma delícia.

Zuko teve tempo de ler todas as letras pequenas daqueles papéis espalhados pela sua mesa. Teve tempo também de assinar todos os projetos de leis como chefe de estado que era e de meditar durante minutos sobre os resultados daquelas leis para as pessoas. Por fim, após muitos minutos, ele ainda teve tempo de entregar toda a papelada para o entregador oficial, pedindo:
- Por favor, sim. Leve essas leis e mande para a publicação.

Quando tudo havia terminado, ele percebeu que a esposa ainda não tinha aparecido.
- Oras, o que aconteceu com ela? Cadê o meu pudim? - pensou o homem - Vou ver o que acontece lá na cozinha.

Ao chegar lá, não tinha uma alma vida. Estava completamente vazio o recinto. Na tina onde esta a água para lavar os utensílios domésticos, como pratos e talheres, estava todo o material necessário para a criação de um pudim. E o pior, parecia que o pudim já havia sido devorado inteiro, pois havia pratos usados e não havia sinal do doce.

Ele parou no meio da cozinha, colocou a mão sobre o seu queixo de forma pensativa, e disse com o coração apertado com a idéia:
- Eu estou achando que a Mai está perdendo seu amor pela minha pessoa. Ela não está mais nem ai com o peso dela, está egoísta, pensando apenas na comida e na sua própria barriga. Ela está muito estranha.

Então uma idéia foi espirrada do seu inconsciente para a sua consciência como se uma criatura maligna de língua afíada quisesse o atormentar. A idéia corrosiva surgiu em forma de uma sonora questão:
- E se ela começar a te trair?

Após a origem daquele pensamento, ele começou a ter a sua alma atormentada com o som daquela pergunta.